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mariaelisaalmeida

Ajude a proteger o coração de quem tem diabetes

O mundo tem cerca de 387 milhões de diabéticos (13 milhões no Brasil) e as estimativas não são boas. De acordo com o Atlas do Diabetes, esse número tende a aumentar mais de 150% até 2035.

Os especialistas consideram que o Diabetes tipo 2 será a próxima epidemia global, pelo número de novos casos e a dificuldade no controle da doença em uma parcela dos pacientes.

Uma pesquisa do Ministério da Saúde indicou que entre os anos de 2006 e 2016 foi registrado um aumento de 61,8% nos casos de diabetes no país. Em paralelo, o número de casos de obesidade cresceu 60%.

Apesar do acompanhamento periódico dos médicos e o uso de novas medicações, o Diabetes Tipo 2 é uma doença extremante complexa e, talvez por isso, de difícil controle.


Do número de diabéticos no Brasil, provavelmente 1,2 milhão pacientes não tem controle da doença, mesmo tomando uma boa medicação.


Uma pesquisa da Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), diz que mais da metade da população brasileira está acima do peso recomendado pelos órgãos de saúde. Desses, 18,9% são considerados obesos.

Diabetes e o Coração


De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos.

A pessoa com diabetes pode diminuir o risco de infarto com um programa de prevenção que inclui alimentação saudável, atividade física, eliminando o hábito de fumar,  fazendo exames periódicos e usando medicações preventivas que devem ser prescritas pelo médico.

A incidência de complicações cardiovasculares é grande no diabetes devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue, que, juntamente ao colesterol e a pressão arterial, promovem a formação de placas de colesterol que entopem as artérias, como explica o Dr. Marcello Bertoluci, médico endocrinologista, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e coordenador do Departamento Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).


“Com níveis muito altos de glicose no sangue, várias coisas acontecem: o colesterol torna-se mais agressivo, formando maior número de placas  nas artérias coronárias. Além disso, o aumento excessivo da glicose no sangue favorece a maior produção de coágulos que também podem obstruir as artérias. Quando uma artéria sofre uma obstrução, o coração entra em sofrimento por falta de oxigênio e o tecido sadio morre, sendo substituído por cicatriz. Dependendo do tamanho da área afetada, pode ser fatal ou deixar sequelas irreversíveis, como a insuficiência cardíaca".

O especialista reforça que esses fatores se somam a outros fatores de risco que elevam o risco  como a hipertensão, o colesterol alto, obesidade, sedentarismo, tabagismo e o histórico familiar de casos precoces de infarto agudo do miocárdio. “Esses fatores se potencializam quando a pessoa tem diabetes e devem ser rigorosamente controlados". Por isso é fundamental o acompanhamento médico e a realização de exames preventivos periódicos”, ressalta.




Movimento Para Sobreviver quer mudar esse cenário  

             

O diabetes tipo 2 é uma das doenças de maior crescimento mundial – ainda segundo a IDF, nos próximos 30 anos, o número de casos deverá dobrar no Brasil. Para prevenir seu avanço, bem como o de suas complicações cardiovasculares, por meio do debate acerca da oferta de medicamentos modernos, criou-se a coalizão Para Sobreviver, cuja pauta também engloba o compromisso em reduzir a mortalidade e evitar alto custo do tratamento.

A Sociedade Brasileira de Diabetes integra o movimento, ao lado das ONGs Associação Diabetes Brasil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Instituto Lado a Lado Pela Vida, Rede Brasil AVC, Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly do Brasil.


*Com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes e Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica


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